Dançar e Agradecer

Foto: Cláudia Prado



Reflexão sobre Dançar e Agradecer de Deborah Dubner que vai nos encantar.

Acredito que ser grato é mais do que tudo a escolha de uma direção. Para onde vamos dirigir a nossa mirada? Que olhar eu quero ter para tudo aquilo que me cerca? Desde as coisas mais simples como a jabuticabeira do meu jardim até as mais complexas, como os relacionamentos com pais, irmãos, filhos e companheiros de jornada. Ser grato é uma filosofia de vida, é a decisão consciente de olhar um copo com água pela metade e, apesar de saber que ele está meio vazio, agradecer pela água que matará minha sede.

Por isso eu faço questão de sempre agradecer. Criei esse ritual, de fazer um agradecimento para compartilhar essa gratidão e ampliar o meu olhar.

Mas especialmente HOJE, agradeço ainda mais.

Agradeço à coragem pelas escolhas que fiz e ainda farei.

Agradeço ter nascido na família que nasci. Amores, sabores e dores, eterno aprendizado.

Agradeço todas as bênçãos que recebo diariamente, mesmo aquelas que são tingidas de preto. Porque de qualquer forma, a luz sempre nasce na escuridão.

Agradeço saber pedir ajuda, e sempre, sempre mesmo, receber apoio das formas mais incríveis e inusitadas.  Nem sempre a compreensão e o apoio vêm das pessoas que queremos e precisamos, mas isso não quer dizer que estamos sozinhos.

Agradeço à música que sempre me conecta com Deus, um portal direto para a minha alma voar livremente.

Agradeço profundamente às Danças Circulares Sagradas, que me trouxeram tantas respostas, o caminho da cura, da arte, da doação, da transformação e da minha mais pura expressão.

Agradeço todos os amigos que me ensinam, inspiram, dançam, cantam, sorriem e choram comigo.

Agradeço às pessoas que tem o lugar de mestre, não porque são mais do que os outros, mas porque me permitiram acessar uma sabedoria que vem da humildade.

Agradeço à conexão com o Sagrado no meu cotidiano. Hoje tenho a plena certeza de que posso acessar isso a qualquer momento, em qualquer lugar.

Agradeço poder escrever e traduzir o invisível. Afinal, é no perfume da flor que mora a poesia, e não é fácil entender a linguagem do coração.

Agradeço as minhas pegadas. Sei que busco todos os dias fazer o meu melhor. Nem mais e nem menos do que os outros. Apenas tento aprimorar meus passos e “andar a minha palavra”, como dizem os nativos norte-americanos.  Afinal, a maior grandeza da vida é o amor e não a perfeição.

E no caminho do amor, como ser humano que sou, olho o céu com toda a sua magnitude e as sementes com a força milagrosa do nascimento... e agradeço! 








Fonte: https://dancacircular.com.br/
Por: Deborah Dubner

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